Diferentes estudiosos das mais diferentes áreas do conhecimento têm se ocupado em estudar e conceituar o que seria “Letramento digital”. Alguns tratam o letramento digital como a capacidade que uma pessoa possui de manusear naturalmente e com agilidade as regras da comunicação em ambiente digital. Dentro dessa definição, elas incluem habilidades como localizar, filtrar e avaliar criticamente informações disponibilizadas eletronicamente desenroladas em outras atividades intrínsecas. Além disso, é possível ampliar a discussão se esse conceito for compreendido como um fruto de uma ação social e coletiva que gera apropriações, sínteses, linguagens e tecnologias, até então, vistos como uma coisa separada
Se considerarmos o Letramento Digital como um estágio evolutivo da espécie humana, no que se refere à apropriação dos novos processos de ler e escrever, mediados pelas Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC), a exemplo de computadores, tablets, smartphones, ficará à mostra a necessidade da incorporação desses processos no ambiente escolar, no intuito de possibilitar aos alunos o contato com essas novas alterações nos modos de ler e escrever.
Apesar de os jovens das novas gerações terem facilidade no uso de diversas tecnologias contemporâneas, em geral eles utilizam os recursos de forma limitada, de forma a não usufruir de todas as possibilidades oferecidas pela mídia. Desta forma, o letramento digital propiciará aos alunos que eles interpretem e conversem, com propriedade, com os elementos que compõem o ciberespaço, ou seja, como eles devem se comportar em relação ao conteúdo que ora produzem, ora consomem.
É preciso ampliar o conceito de letramento digital para além de uma espécie de “alfabetização” das pessoas, especificamente dos alunos, no que diz respeito ao uso de tablets, celulares, notebooks ou outro aparelho eletrônico, no entanto, essa é uma concepção minúscula, se pensarmos que o espaço virtual abriga uma infinidade e conteúdos repletos de códigos, ações, mecanismos e plataformas que devem ser compreendidos enquanto são consumidos pelos usuários.
É certo que os professores têm preparado os alunos para um futuro com perspectivas nebulosas, tendo vista que não se sabe quais novos postos de trabalho estarão obsoletos e quais surgirão. Além disso, esse cenário de nebulosidade é potencializado pelos problemas sociais e políticos. Diante dessa situação, é importante desenvolver de forma mais clara às competências necessárias para conviver diante desses cenários de incerteza.
Diferentes instâncias e organizações sociais estão focados no desenvolvimento das habilidades próprias do século XXI, tais como criatividade e inovação, pensamento crítico e capacidade de resolução de problemas, colaboração e trabalho em equipe, autonomia e flexibilidade, aprendizagem permanente e o letramento digital é preponderante para o acréscimo dessas habilidades nos cidadãos.
No centro desse complexo de habilidades está a capacidade de se envolver com as tecnologias digitais, algo que exige um domínio de letramentos digitais necessários para usar eficientemente essas tecnologias, para localizar recursos, comunicar ideias e construir colaborações que ultrapassam os limites pessoais, sociais, econômicos, políticos e culturais.
Em vista de se resolverem plenamente com as redes sociais, ter acesso as vagas de emprego nas economias, de conhecimento e assumir papeis como cidadãos globais confortáveis em lidar com diferenças interculturais, nossos estudantes carecem de um conjunto completo de letramentos sociais a sua disposição. Por fim, o letramento digital tem se mostrado indispensável para o alavancar da vida social.
Dentre as tantas mudanças, é perceptível que uma das áreas mais impactadas foi a da comunicação, principalmente nos modos de ler e escrever. Essas mudanças surgem pela necessidade de utilizar os recursos do meio digital. Linguagens que antes eram periféricas tornam-se salientes e, em muitos casos, são as protagonistas em eventos comunicativos, como é o caso de imagens fixas ou em movimento, destacando outras áreas como o design, sobretudo, a programação visual.
