Na Era da Informação estar atualizado sobre muitos assuntos resume-se a estar conectado à rede. A internet, como ferramenta caracterizadora da contemporaneidade, não está limitada apenas aos usuários e consumidores de entretenimento, mas também como espaço formador de uma nova geração profissional, geração esta dos mais diversos setores, como educação, gestão e, no nosso caso, a saúde.
Quando é acrescido dois anos de pandemia à realidade dos nos novos profissionais, período em que foi restrito a circulação de pessoas e aglomerações na tentativa de diminuir o número de novos casos da COVID-19, e começou a se falar em home office, por exemplo, talvez a classe da enfermagem imaginasse que tal avanço não mudaria nada a sua realidade uma vez que, por estarem na assistência direta ao paciente os hospitais, esse novo modelo de trabalho não seria válido e muito menos útil, como se comprovou com o arrefecimento pandêmico.
De fato, a crise sanitária e humanitária provocada pelo SARS-CoV-2 e que agora exige dos profissionais o domínio de salas virtuais, avatares do metaverso e outros ambientes digitais, precisam adaptar-se ao exercício da profissão a partir de suas residências. Por outro lado, em situações que se tratam de cuidados diretos aos pacientes, essa realidade é ineficaz.
Neste período de excepcionalidades, o home office consolidou-se com uma forma produtiva de trabalho, isso é fato. No entanto, mesmo antes da pandemia, um bom profissional de enfermagem precisava de conhecimento, ao menos, intermediário de tecnologia, haja visto que a tempos em clínicas, hospitais e consultórios, que antes se recorria a pasta arquivos A/Z em busca de prontuários com folhas, etiquetas e clipes, agora acessa sistemas informatizados para prescrever, solicitar materiais e equipamentos através aplicativos integrados à sistemas através de login, senhas e prontuários eletrônicos. Sem esquecer dos sistemas integrados de exames de imagem e laboratorial que em poucos minutos dão a devolutiva com laudos e diagnósticos, evitando assim o deslocamento excessivo e ligações indesejadas.
Baseado nisto, fica claro que o profissional de enfermagem precisa estar a par e dominar os avanços tecnológicos. A evolução agora representa a aposentadoria da caneta, das receitas com letras ilegíveis e do bloco de 100 folhas colados no dorso. Em vez disso, a impressão em impressoras jato de tinta em papel pré-impresso com os logotipos do hospital, em fontes ARIAL tamanho 11, ou seja, a tecnologia chegou para ficar e os meios digitais vieram para auxiliar o profissional da área médica.